Depois de se ensinarem os números, especialmente os algarismos em Braille, costuma-se passar ao cubaritmo. Torna-se um auxílio para a aprendizagem da matemática para crianças cegas ou amblíopes. Consiste num conjunto de cubos de plástico reforçado e pesado, marcados com sinais Braille usando os quatro pontos superiores (1,2,4 e 5) e uma linha relevada. São colocados num tabuleiro compartimentado usado para execução ordenada de operações algébricas.
Deste modo o cubaritmo:
-Permite a aquisição de competências gráficas arítméticas sem a utilização de papel, permitindo correcção fácil;
- Inclui uma estrutura de tabuleiro, cubos de metal com Braille e um iman para ajuda da disposição e arrumação dos cubos;
- Utiliza-se colocando os cubos no tabuleiro com os sinais pretendidos para cima;
- O tabuleiro de trabalho é de 20 células por 15 linhas;
- Os cubos têm 1 cm de lado;
- Recomenda-se a supervisão de adultos por causa das peças pequenas.
Como não se trata de um texto Braille, importa saber que os algarismos são as mesmas combinações de A a J, sendo J o 0.
Se fizermos um cubo em que, numa face tenhamos somente um ponto num canto, virando-o, podemos representar 1 ou ",". Na segunda face, poremos dois pontos alinhados, que podem formar o 2 e o 3. Na terceira, poremos três pontos próximos de três dos quatro vértices, que permitirão formar o 4, o 6, o 8 e o 0, dependendo da posição. Na quarta face, poremos dois pontos na diagonal, permitindo representar o 5 ou o 9. Na quinta face, poremos quatro pontos correspondentes aos quatro vértices, equivalendo ao 7 e, finalmente, na sexta face, deixa-se um traço contínuo para formar os sinais da adição, subtracção, multiplicação e divisão, dependendo da sua posição.